sexta-feira, 20 de março de 2009

a amizade dos golfinhos


Falante, amistoso, carinhoso com os seus congéneres e voraz contra os seus inimigos, o golfinho já foi definido como o primo ideal para o homem. Gentil com as crianças e forte o suficiente para derrotar tubarões, ele tem atributos que o aproximam daquilo que os humanos sonham para si próprios.
Heróico, capaz de salvar afogados empurrando-os docemente para a praia - como registram inúmeros relatos ao redor do mundo - , o golfinho vem sendo cantado em prosa e verso desde tempos remotos. Marinheiros de diversas nacionalidades consideram a sua presença presságio de boa sorte e há um grande número de lendas sobre seus poderes. Apolo utilizava-os como guia para os sacerdotes cretenses. Neptuno evocava a sua sensualidade para conquistar Anfitritre.
Mais recentemente, relatos de amizade intensas entre golfinhos e crianças foram vistos e documentados. O caso da neozelandesa Jill Baker, que recebia a visita diária do golfinho Opo, com quem "cavalgava" mar a dentro, chamou a atenção de cientistas em meados deste século. Mais tarde a televisão e o cinema se encarregaram de popularizá-lo de uma vez por todas como o grande astro submarino.
De certa forma, as "chances" do golfinho, em qualquer parte do mundo, parecem-se cada vez mais com as "chances" do homem. Comportando-se no fundo dos mares e dos rios com o altruísmo que gostaríamos de ver em nós mesmos, o futuro dos golfinhos é uma espécie de antevisão do futuro da humanidade. Se eles resistirem, estaremos salvos. Porque o que fizemos a eles, acabaremos fazendo a nós mesmos.

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